



Com o PROMAR, vão ser investidos cerca de quatro milhões de euros, a distribuir por uma área territorial ribeirinha. Em Viana do Castelo, a intenção é apostar no desenvolvimento sustentado onde a actividade piscatória é ainda uma referência: Viana do Castelo cidade, Darque, Amorosa e Castelo de Neiva.
O que não se percebe é como é feito, mais uma vez, o planeamento deste tipo de coisas pois que, de acordo com esse mesmo comunicado, «em Viana do Castelo, estão identificadas 501 pessoas dependentes da pesca embora estejam matriculados 771 pescadores de “pesca polivalente”, que utilizam dois portos: o portinho de Pedra Alta e o posto de pesca de Viana do Castelo. Estão registadas, em Viana do Castelo, 244 embarcações de pesca local e costeira e 1208 embarcações de recreio.
A revista Visão Viagens traz na edição de Fevereiro uma reportagem imperdivel onde se dá conta de um triângulo de raízes históricas: Braga, Guimarães e Viana do Castelo. Três cidades, três vivências minhotas, três caminhos que sempre estiveram ligados até que alguns políticos decidiram ligar-se ao Porto, engolindo as tripas que agora amargam com as portagens na A28.
Veja-se, a propósito, o que Viana do Castelo tem a perder neste vídeo promocional de Guimarães, Capital Europeia da Cultura 2012. Tanto mais quanto já se sabe que, já este ano, Viana será a capital da cultura do Eixo Atlântico e podia ter sido feita a ligação ao que vai suceder no próximo ano.
«O grande argumento a favor da origem estrangeira do Caramurú reside na carta escrita por Pero do Campo Tourinho, da Baía, a D. João III, com data de 28 de Julho de 1546. Trata-se de um documento autêntico e verídico. Ninguém põe em causa estes predicados.»
O texto completo pode ser lido na última edição dos Cadernos Vianenses para onde nunca escrevi nem nunca o farei tão somente por considerar que tal publicação foi manchada por ditos homens de letras que inventaram e modificaram tudo a seu favor.
Meus caros leitores e frequentadores do MUSEU DE VIANA – o único projecto cultural vianense que não vive de dinheiros públicos – já não nos resta outra coisa que não seja voltar a reabrir a petição que esteve na Internet e pedir o que o poder público ainda não teve coragem de fazer: abrir o museu do dinheiro público mais mal gasto pelo médico do caramuru…
Obrigado.
Paulo Caldeira
Criador da REDE ESKILO | a entidade detentora do MUSEU DE VIANA