A coisa até nem seria notícia (mas não tal como a veicularam os maus jornalistas) se as entidades que agora promovem a “criatividade” de um estudo de alunos do IPVC (já estudado aprofundadamente por académicos de todo o mundo que agora alertam para os efeitos nefastos do peixe fumado na saúde humana) não tivessem o apoio do secretário de Estado da Tutela que é docente do IPVC nesta área.
Segundo a imprensa local, a VianaPesca, cooperativa de pescadores de Viana do Castelo, lançou filetes de carapau fumado durante a feira/Mostra “100% Alto Minho” (financiada por fundos comunitários geridos por José Luís Ceia e que tem por embaixador um secretário de Estado que é docente do IPVC) para incentivar os jovens empreendedores a apostarem nos produtos do mar. Portela Rosa alega ser uma novidade mas o produto já tem barbas nos países nórdicos onde é consumido nos restaurantes há dezenas de anos.
O tema também não seria notícia se o assessor da direção da cooperativa de pescadores VianaPesca, Francisco Portela Rosa, não tivesse afirmado à rádio do regime que «o objetivo é que apareçam empresários, sobretudo jovens, que queiram apostar na criação do próprio posto de trabalho e os possamos ajudar a candidatarem-se a fundos do Gabinete de Ação Local (GAL) no âmbito dos novos fundos do Portugal 2020».
Também não seria notícia se não fosse o caso de se ter transformado numa espécie de atrativo de um uma feira financiada por fundos comunitários e promovida pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), pela Câmara de Viana do Castelo, pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, e pelo IPVC para alegadamente promover os produtos genuinamente 100% Alto Minho.
E também não seria notícia se o carapau fumado não estivesse a ser já produzido e exportado para Portugal a partir da Holanda e outros países e agora se queira obter fundos comunitários para esta ideia “criativa” que até já tem uma receita de Smoked na Internet patrocinada por uma empresa Inglesa de arroz basmati.
E uma outra de Nigella, na BBC Food.