No seguimento das imagens amplamente divulgadas pela comunicação social, que mostraram longas filas de turistas a pagar a portagem na A22 durante as mini-férias da Páscoa, num cenário de grande confusão, a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo e a AIHSA – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve lançam novo apelo ao Governo para a resolução urgente desta questão. Numa carta endereçada ao Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, as Associações acusam o atual sistema de pagamento eletrónico de portagens de estar a “assassinar silenciosamente” o turismo, temendo pelas graves consequências que esta imagem negativa do país está a criar.
De relembrar que, numa tentativa de contribuir para a resolução desta questão, a APHORT e a AIHSA apresentaram recentemente à Estradas de Portugal uma proposta no sentido dos turistas estrangeiros terem a possibilidade de pagar as portagens relativas às ex-SCUT’s nos hotéis e restaurantes, utilizando os terminais de pagamento que são geralmente usados para o pagamento das despesas, seja através de cartões de débito ou de cartões de crédito.
No entanto, o discurso oficial é outro: o vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Júlio Meirinhos considerou que a região do Alto Minho registou um aumento na ocupação dos hotéis e restauração durante a Páscoa, o que representará um maior volume de receitas em plena altura de crise.
Fazendo valer um “estudo” de auscultação junto de empresários destes setores, a taxa de ocupação ronda os 80 por cento, um número melhor do que o registado no ano passado. Apesar da presença de galegos se manter idêntica à de 2011, a novidade deste ano passa pela resposta “massiva” do mercado interno, sobretudo de Lisboa e área envolvente. O vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal apresenta uma promoção “fatal” e a adpatabilidade da restauração à nova realidade como razões para um aumento da procura do destino Norte, e em particular do Minho. Júlio Meirinhos realça que, para além da oferta da qualidade e excelência, há outros pacotes deprodutos estratégicos que diferenciam e convencem os turistas residentes e não residentes.
Apesar da crise que assola o país, a hotelaria e restauração do Alto Minho respira de alívio neste período pascal, com uma taxa de ocupação na ordem dos 80 por cento.