Esta terça-feira ficou marcada por um conjunto de notícias que revelam a clararividência das “tolices” em que está mergulhada a cidade de Viana do Castelo: 1. Um presidente da Câmara que não tem dinheiro e quer que sejam os contribuintes a pagar uma demolição; 2. Um grupo de trabalhadores dos estaleiros que quer férias pascais quando a empresa está na falência; 3. Um órgão de informação que difunde a estrambólica notícia de que na Quinta-feira à noite, abrem as portas de 22 igrejas na cidade de Viana; 4. Uma entidade regional de turismo que fez um “estudo” e já concluiu que a Páscoa em Viana é um êxito mesmo sem esperar pelo fim da Semana Santa.

 

 

 

«As portagens nas antigas SCUT do Norte do país não tiveram qualquer impacto negativo no sector hoteleiro do Alto Minho durante esta quadra pascal. As conclusões são de um estudo encomendado pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ERTPNP) que aponta para uma taxa de ocupação hoteleira no distrito de Viana do Castelo a superior a 80 por cento, bem mais elevada do que no ano passado. O vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Júlio Meirinhos, revela que os turistas galegos continuam a chegar à região e que as portagens, ao contrário do que tem sido defendido, não tiveram qualquer impacto negativo na ocupação hoteleira.»

 

«Milhares de pessoas são esperadas nas ruas de Viana do Castelo para a tradicional visita às 22 igrejas e capelas da cidade, algumasde portas abertas apenas uma vez por ano (…) Manda também a tradição que a visita seja em número ímpar de templos, uma vez que os principais quadros religiosos alusivos à Páscoa também são compostos por números ímpares, como as três quedas de Cristo a caminho do Calvário e as cinco chagas.»

 

«O Presidente da Câmara de Viana do Castelo mostra-se satisfeito com a dedicação e o empenho da Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território para, em nome do acionista Estado, encontrar uma solução para a sociedade VianaPolis. Com o valor de 21 milhões de euros agora inscritos no Orçamento Retificativo, o “Estado vai acomodar a difícil situação financeira da Sociedade, criando condições para que esta cumpra os seus compromissos bancários e proceda à venda dos seus ativos nas melhores condições do mercado atual”, afirma José Maria Costa. O autarca disse ainda que se o Estado decidisse extinguir a VianaPolis sem que o objeto da sociedade fosse concretizado a situação seria “calamitosa”. Refira-se que para além da venda dos terrenos do Parque da Cidade, o objeto da sociedade é a demolição do Prédio do Coutinho.»

 

«Apesar de o Governo ter decidido não dar tolerância de ponto, os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo vão ficar em casa na segunda-feira de Páscoa. Depois de conversarem com a administração, os cerca de 650 trabalhadores da empresa de construção naval vianense decidiram ficar em casa na segunda-feira de Páscoa, dia em que muitas freguesias do concelho têm o compasso pascal. Martinho Cerqueira, da Comissão de Trabalhadores, explicou à Geice que a falta de tolerância de ponto na Páscoa e a marcação das férias geraram “alguma tempestade num copo de água” esta terça-feira mas considera que foram questões “de menor importância”.»