O Funicular de Santa Luzia registou, em 2011, um movimento de passageiros que ascendeu aos 38.530, num número que, para a Câmara Municipal de Viana do Castelo, «comprova o sucesso daquela estrutura que, em termos turísticos, tem vindo a atrair cada vez mais visitas a Santa Luzia, permitindo um percurso paisagístico com um “Olhar a partir da Serra”», apesar de os números oficiais terem já confirmado que em 2011 a cidade teve o pior desempenho turístico de sempre.

 

 

 

O elevador, que reabriu em Abril de 2007 aos 85 anos de idade, estava inactivo desde 2001, por requerer profunda remodelação das vias, carruagens e equipamentos electromecânicos. Depois de ter pertencido a várias entidades, a CP-Caminhos de Ferro Portugueses transferiu a propriedade para a Câmara Municipal de Viana do Castelo com o objectivo de o reabilitar e pôr ao serviço dos vianenses e turistas.

Para a Câmara Municipal, trata-se de preservar um meio de transporte com “significado histórico e cultural” mas e, no caso de Santa Luzia, apresentar a beleza paisagística e arquitectónica do local. No entanto, os estudos mais recentes sobre a importância do Monte de Santa Luzia colocam-no apenas no patamar de “magnífico miradouro” e “local de peregrinação” e retiram peso tanto à qualidade artística do templo como à provável inovação do próprio elevador, uma vez que ambos se limitaram a copiar modelos externos: o Sacré Coeur (em Paris) no caso do Templo e as colinas de Lisboa (no caso do Elevador.

O funicular, que vence um desnível de 160 metros em sete minutos, torna a viagem entre o sopé e o topo de Santa Luzia a mais longa de todos os funiculares do país, com os seus 650 metros, tendo mais do dobro da distância do que se lhe segue, o da Nazaré (com 310 metros), havendo ainda em Lisboa os da Bica (283 metros), o da Glória (276 metros) e da Lavra (188 metros) e em Braga, o do Bom Jesus, que com os 274 metros é o único da europa movido a água e o que possui a maior inclinação de todos os funiculares portugueses.

O que o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo teima em não assumir é de quem é a autoria fundamental na aplicação de algumas das soluções como a de facilitar uma ligação ambiental e paisagística entre a cidade e o monte de Santa Luzia. Se o Plano de Marketing (ainda não divulgado) e o Plano Estratégico nada dizem sobre isto, basta que se olhe para o único documento que verdadeiramente fez a leitura do desenvolvimento cultural de Viana do Castelo.

 

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