O modelo adoptado há duas décadas pela câmara municipal de Viana do Castelo (mediante o fecho de ruas ao trânsito) levou à desertificação da cidade intramuros e são já mais de uma centena os edifícios devolutos e dezenas os prédios que “procuram” novo dono, numa situação que está a originar revolta entre os defensores do usufruto do centro histórico como ícone cultural da urbe vianense.
A situação está a tomar tais proporções que confirma o esvaziamento de um concelho onde, de acordo com os últimos censos, só pouco mais de 85 mil pessoas têm residência permanente e nos arredores do centro histórico, as empresas de construção civil e as imobiliárias não conseguem encontrar compradores para um dos parques habitacionais mais caros do país.
De igual modo, dezenas de pequenas e médias empresas têm vindo a fechar as portas desde o início de 2012, num sinal de que em breve Viana do Castelo não conseguirá manter uma economia sustentável.