A Câmara Municipal de Viana do Castelo ainda não apresentou oficialmente os documentos finais dos planos de desenvolvimento estratégico e de marketing que adjudicou em 2010 num valor total de 214 mil 163, 64 euros, apesar de ter feito valer, em sessão pública, dois drafts de diagnóstico e de elaboração da actual “imagem” da cidade.

 

Anunciados com pompa e circunstância pelo Presidente José Maria Costa no ano de 2010, a elaboração dos dois documentos custou aos cofres da autarquia as módicas quantias de 110 163,64 euros adjudicados ao grupo ATIVISM (no caso do Plano de Marketing Territorial) e de 104 000 adjudicados à empresa QUARTENAIRE (no caso do Plano de Desnvolvimento Estratégico).

 

Na altura da apresentação dos drafts foi afirmado que ambos os documentos estariam em condições de discussão pública a curto prazo, mas até ao momento a autarquia só tem para apresentar um logótipo (que nem sequer foi objecto de concurso público, ou muito menos de ideias por parte de criativos vianenses), um conjunto de cartazes que vão dando nome à “programação” cultural da cidade e um sem número de adereços sem que seja sequer conhecida a estratégia.

 

Recorde-se que a campanha de “marketing” arrancou oficialmente em Agosto de 2010 com um concerto de Kátia Guerreiro.

 

Imagem disponível no site da Ativism

 

Esta campanha levou ainda a vereadora da cultura a afirmar a um jornal da Figueira da Foz, onde foi realizada uma campanha de charme, que “ser capital da cultura” do eixo atlântico era um “enorme desafio” mas os resultados foram desastrosos a todos os níveis: os dados oficiais indicam que Viana do Castelo teve o pior Verão de sempre em termos de afluência de visitantes, incluindo as Festas da Agonia (produto com o qual a autarquia quer agora gastar 30 mil euros em mais um estudo); a operação de captação de visitantes no Natal foi um fracasso como reconhece o próprio Presidente José Maria Costa na acta da reunião de Câmara de 9 de Janeiro – apenas foram distribuídos 300 vales para os parques de estacionamento e, ao contrário do que é dito, o sector do comércio, restauração e hotelaria teve o pior Natal dos últimos anos.