O Museu do Traje de Viana do Castelo encomendou 7 documentários no âmbito da candidatura que viu aprovada pelo QREN para revitalizar o espaço, sendo o primeiro a ser conhecido intitulado “Alto do Minho”. Uma produção quem segundo os responsáveis do Museu dá um novo olhar à etnografia local. Diz a nota de imprensa da Câmara Municipal que «O “Alto do Minho” é um documentário realizado por Miguel Filgueiras que não segue a linguagem etnográfica habitual, preferindo um olhar mais artístico, carregado de ironia e poesia, que retrata a identidade do Alto Minho através da festa, da romaria e do espectáculo». Esta candidatura integra ainda um conjunto de seis documentários etnográficos que serão realizados pela Ao Norte Audiovisuais e que serão apresentados brevemente.
Sipnose:
«Alto do Minho, mais do que um documentário é uma impressão.
Parte de terras baixas para a época alta, para mostrar diversos matizes. O antes e o depois, que são os mesmos ciclos Atlânticos imutáveis da paisagem montanhosa, apesar de tudo. E o alto. Onde o profano se confunde com a fé como o passado com a actualidade. Alto do Minho, mais do que um filme é um retrato que mexe. Relances que podem ter ao fundo o épico de Gance, mas que são uma observação etnográfica pop, à superfície do sentimento latente. Congela anónimos e paisagens de romarias, geografias em planos numa montagens impressionista, de uma subjectividade a roçar o aleatório.»
Diz quem viu a ante-estreia no Lindoso em Dezembro que o documentário agora a estrear não tem a qualidade merecedora de um financiamento e há a realçar o aspecto de nenhum dos documentários ter sido objecto de concurso público mas antes encomendas: no caso vertente aos promotores dos objectos “I Love Viana” que a autarquia vendeu de forma massiva sem antes promover a sua própria marca.