Enquanto Viana se entreteve a discutir uma logomarca que ainda não teve resultados ao fim de um ano de actividade em torno de uma marketeer, Braga (tal como já se fez referência a Guimarães) não fez barulho e adoptou uma nova imagem simples coerente e, pasme-se, baseada no coração.

Simples, directo e eficaz. Tudo o que uma marca deve ser!

Muitos vianenses, especialmente os que têm um egocentrismo exarcebado e sempre teimaram pela ligação preferencial ao Porto, estarão a perguntar: o que é que o coração tem a ver com Braga? A resposta é simples. Desde sempre, Braga foi “vendida em termos turísticos” como “o coração do Minho”.

Qual é a diferença entre este Coração e o coração de Viana? Também é simples a resposta: o de Viana reduz a mensagem a uma percepção cognitiva errada. O coração de filigrana nunca foi vianense e aqui se vende, desde sempre, porque os produtores da Póvoa de Lanhoso e de Gondomar aqui vinham fazer os seus negócios aproveitando a Grande Feira Semanal (agora reduzida a uma montra da farrapos contrafeitos).

Mas as críticas construtivas não ficam por aqui.

É unânime entre os especialistas de Marketing de Cidades e Marketing Territorial que, além da marca, é localidade tem de ter mais três atributos essenciais: Grandes Eventos, Um website atractivo, intuitivo e munido de informação útil, e Uma constante adaptação ao território envolvente (criando sinergias se necessário). Compare-se o site da Câmara de Viana com o site da Câmara de Braga.

Pois bem: Guimarães tem a Capital Europeia da Cultura em 2012 enquanto Braga tem a Capital Europeia da Juventude em 2012 e estas duas cidadesx juntaram-se a Famalicão e a Barcelos para formarem um Quadrilátero Urbano de gestão conjunta de projectos.

Simples, Claro e Eficaz. O que um cartaz deve ser!

E que tem Viana? Uma Capital do Vinho? Até a Adega Cooperativa de Viana fechou sem que a Câmara Municipal então presidida pelo inventor do herói Caramuru mexesse um dedo.