O denominado Grupo de Acção Costeira Litoral Norte (GAC Alto Minho) criado no âmbito da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho para gerir uma “boa” fatia de fundos comunitários afectos ao programa operacional PROMAR (sob a égide da Direcção-geral das Pescas e da Aquacultura) lançou dois concursos para encontrar projectos para “revitalizar o sector” no litoral norte que (desta vez) engloba a freguesia de Vila Nova de Cerveira.

De acordo com um comunicado divulgado recentemente, «este programa conjunto com Caminha, Esposende e também Vila Nova de Cerveira visa o reforço da competitividade das zonas de pesca, a reestruturação das actividades económicas pesqueiras, a promoção e valorização das actividades económicas onde existem comunidades piscatórias relevantes que, em Viana do Castelo, vai incidir nas comunidades de Darque, Monserrate, Amorosa e Castelo de Neiva».

Com o PROMAR, vão ser investidos cerca de quatro milhões de euros, a distribuir por uma área territorial ribeirinha. Em Viana do Castelo, a intenção é apostar no desenvolvimento sustentado onde a actividade piscatória é ainda uma referência: Viana do Castelo cidade, Darque, Amorosa e Castelo de Neiva.

O que não se percebe é como é feito, mais uma vez, o planeamento deste tipo de coisas pois que, de acordo com esse mesmo comunicado, «em Viana do Castelo, estão identificadas 501 pessoas dependentes da pesca embora estejam matriculados 771 pescadores de “pesca polivalente”, que utilizam dois portos: o portinho de Pedra Alta e o posto de pesca de Viana do Castelo. Estão registadas, em Viana do Castelo, 244 embarcações de pesca local e costeira e 1208 embarcações de recreio.

Um grande pensador (por sinal português) desaparecido recentemente disse que «em Portugal o planeamento é feito ao sabor dos quintais». Não será hora de repensar as estratégias que têm sido seguidas?