O cartaz que agora se publica está colocado em vários pontos do Alto Minho e faz jus à realidade histórica de Vila Verde. Os lenços dos namorados (apesar de todos os que possam “inventar” o contrário) são originários daquilo a que vulgarmente se chamou, ao tempo de vultos como Pedro Homem de Melo (fique-se triste com os acesso à casa onde viveu…), Baixo Minho e que agrega (etnográfica e antropológicamente falando concelhos como Ponte da Barca, até onde se estendem as Terras da Nóbrega).
Mas o que este cartaz vem mostrar é que, afinal, não foi feito qualquer Plano de Marketing de Viana do Castelo quando agora se quer “vender” Viana como a Cidade dos Namorados. Viana tem no coração de filigrana um dos seus ícones mas apenas porque era na Feira de Viana (que alguns conseguiram destruir) que se vendiam os produtos dos artesãos da Póvoa de Lanhoso e de Gondomar e é daí que vêm as peças que ocupam as montras das ourivesarias vianenses. É na Póvoa de Lanhoso (concretamente na freguesia de Travassos) que está o verdadeiro (e o único) Museu do Ouro minhoto. Viana não tem lenços de namorados e não tem sequer bordados que se distingam do resto.
Viana, que deveria ter perdido o Castelo no nome há dezenas de anos porque nem isso tem mas apenas um forte (o tal Castelo de Santiago da Barra), sempre foi um entreposto comercial e essa é a sua MARCA. A identidade que nos deixaram os antepassados Celtas e esse é que é o verdadeiro Coração da cidade.
A prova mais evidente é a de que a principal imagem com que se identificam os visitantes de Viana é o Monte de Santa Luzia. Nada mais!!! O primeiro estudo realizado em Abril  no âmbito da Rede Eskilo mostrou-o claramente e a actualização feita agora mostra que a maioria não sabe qual é a nova marca de Viana. 
Porque será? Ficam alguns exemplos de City Brands numa espécie de vaticínio para o que vai suceder à nova marca depois do desastre que foi a “velha” marca da Caravela.