Depois das eleições de hoje, o antigo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo bem pode dizer que nem os vianenses gostavam dele. Acedeu ao desafio do colega deputado socialista por Braga, Ricardo Gonaçalves, angariou 7500 assinaturas, conseguiu assumir-se como candidato à presidência da República Portuguesa e por via disso recebeu 225 mil euros de subvenção estatal. Apesar de constantemente os visados nas sondagens (partidos ou políticos) desvalorizarem as sondagens, a verdade é que, nos últimos anos as empresas de recolha de inquéritos e questionários portuguesas aprenderam as lições do passado e agora raramente falham nas previsões. E Defensor Moura não conseguiu sequer bater o único candidato que não teve direito a debates televisivos: o madeirense que desdenhou a bandeira nacional.

Aliás, o homem que mais fundos comunitários desbaratou em todo o país em obras que não servem para nada, o homem que endividou a Câmara de Viana até ao tutano, o homem que quis atirar um prédio ao chão por capricho, não conseguiu sequer vencer as eleições na sua própria freguesia, quanto mais no concelho ou no distrito.
Bem pode agora, o “inventor” do Caramuru ir para o Brasil outra vez e vir de lá dizer que recebeu elogios ou que fez muito pelos vianenses. O que fez foi com que Viana do Castelo ficasse classificada como a terra parola do Minho.